quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

*** A VIDA COMO ELA É *** crônica







 
*** A VIDA COMO ELA É *** 
 
                    Ficar aqui em Apucarana sem nada a fazer que a rotina insossa do dia a dia, pode ser muito perigoso, rsrs... Lugar que já classifiquei como bucólico de outras feitas, tem a característica de ir "dando nos nervos" quando me demoro a sair para tomar ares fora do claustrofóbico ambiente falto de vida... a vida como a Maria Antonieta  conhece.
                    A quietude me põe para pensar, amigas... Se vez por outra enforno algum artigo leve e risível, ingênuo mesmo;  por outras, me vem às caixas, filosofar...Até pelo Nelson Rodrigues a gente vai...
                   Eu escrevi o texto abaixo com a atenção voltada para uma discussão que tivemos na sala de professores da faculdade onde ministro algumas aulas. Casamento, relacionamentos, os sentimentos sob uma ótica moderna...
                   Uma constatação... 
                   Onde foi parar o amor, gente? Aquele que nossos pais e avós assumiam para toda a vida? O tal do amor eterno, mesmo que eterno só enquanto dure como quis, também citando,  nosso saudoso poetinha?
                  Na verdade para onde diabos foi a eternidade de nossos sentimentos, da amizade, da cumplicidade, do afeto?  Se der para perguntar por aí de porta em porta, se o tempo anda rápido demais, duvido quem negue ou deixe de reclamar que não há mais tempo para nada.
                  Mas o que mudou: a física ou o coração do homem? Minhas amigas sabem que sou física, portanto vou apostar e com certeza, na mudança do coração do homem, dizendo que hoje não somos mais “eternos” e assim, deixamos de ser universais.
                  Hoje somos o momento.
                  E o momento tem de ser perfeito, pleno, temos de satisfazer nossas ansiedades e necessidades. Tem que valer a pena  constantemente, senão não se vive... Será? Tenho cá minhas dúvidas...  Lembro quando menina que meu avô, após o jantar, sentava-se, como se fora  um pássaro repousando na varanda da casa de minha tia,  enrolando um cigarro de palha, sem dizer  palavra... Ficava em absoluto silêncio, totalmente entretido com a simples e prosaica atividade.  Não criava nada, não discutia com ninguém, não chamava ninguém para lhe fazer companhia, permanendo  em silêncio.  Terminava de enrolar o dito cigarro, dava longas tragadas, e, quando acabava olhava para o nada, respirava; ficava serenamente fazendo absolutamente...Nada...!!  Meu avô era dono do seu dia; nele continha o universo, e neste cabiam  momentos de absoluto vazio. Sua mente repousava e sua alma respirava, sem perder ou ganhar nada...
                   Talvez, e só talvez, essa nossa ganância por ter o melhor companheiro, a melhor festa, o melhor momento, torne o tempo insuficiente, e a nós mesmos permanentemente insatisfeitos. Não é possível, acredito eu, ter um casamento, um namoro, ou mesmo um amigo, baseando-se unicamente em troca. É comum ouvir de casais, ou amigos estremecidos a frase: Putzzz...!! Eu investi muito e recebi pouco...
                   Mas,  investiu  o que? Não estamos em um  mercado de ações, numa transação comercial...Não se declara imposto de renda de sentimento!
                    A gratuidade do afeto, a serenidade da compaixão, a franqueza da solidariedade, fazem parte de princípios universais que permitem silenciar a nossa angústia pelo futuro, pelo amanhã.   No entanto, queridas,  é necessário temer a solidão, a falência e o desamparo...
                     Não importa quantas horas de trabalho, mas a real qualidade do trabalho, não importa  o número de “eu te amo” dito pelo amante, mas certeza do sentimento.   O sucesso  almejado a todo minuto, em todos os momentos, como um jogo que termina e recomeça a todo o momento, encurta o tempo e não permite que tenhamos os necessários momentos de vazio, de silêncio, onde nada é buscado ou desejado, onde descansamos...
                   Sabem, deste vazio surgiu o universo, e, é, penso eu, deste vazio que surgem as idéias revolucionárias, o novo nunca tentado pelo simples fato de pararmos para descansar a nossa tão fatigada e desnorteada alma.
                   Talvez a felicidade não esteja na busca incessante pela satisfação plena, pelo momento perfeito ou pelo sucesso Pode sim, estar  no silêncio, na aceitação da imperfeição e no reencontro dos princípios universais do amor, da solidariedade, da compaixão, que marcam o compasso do tempo sem temor algum do amanhã...
                  
                   MariaAntonietaRdeMattos.
         outubro de 2007

*** PERDI... *** crônica






 
*** PERDI... ***


          Sou mesmo uma perdida... Já perdi tanta coisa nesta vida que posso afirmar, seguramente e sem chance de erros,  que  já perdi a conta...
 
          Perdi uns quilos que gostaria de encontrar por razões que prefiro não mencionar. Sempre o contrário é o mote comum mas eu JAMAIS pude ser o que deveria ter sido... 
          Perdi presentes que não têm preço porque têm um valor muito alto para serem conservados. Minha perda foi de tal ordem que os valores foram as perdas menores... 
          Perdi pessoas que me eram caras porque perdi a paciência e o freio na língua. Não existe aquele velho chavão que diz que quem fala o que quer ouve o que não quer?? Andei ouvindo...
          Perdi várias certezas que tive ao longo do caminho trilhado na vida. Andei trocando-as  por suposições das quais tampouco me lembro onde guardei. Na verdade, penso que  as perdi... 
          Perdi e dei por perdido o que apenas não sabia onde encontrar ou tinha preguiça de procurar. Na vida e frente aos enbates, as situações valorizadas de antes vão perdendo tonus e vigor...Podem ficar pelos cantos e esquecidas.          Perdi o ônibusque faz a linha da vida em situações que sei que não vão se repetir. Sabem,  pelo simples fato de que a água que se foi não volta igual...Nunca será a mesma....
          Perdi o contato comigo mesma por algum tempo ao perder a fé inabalável em meu Deus interior... Isso, por sorte  (eu não acredito nisso de sorte, mas fica aí como hipótese) ou por um trabalho muito árduo de hostes acima de mim, após quase cometer o crime supremo,  consegui recuperar...
          Perdi a vontade de perder tempo com coisas que não se definem. Isto e com a gente que perdeu o caminho e não mais o  procura. Perdi a fé, pasmem,  em quem não consegue ter fé em si mesma...
          Perdi também o jeito e continuo ficando quase roxa quando me elogiam demais... Daí que, por ser como sou, logo desconfio...
          Perdi uma pele esticadinha que não precisava de cremes ou tratamentos e achei outra que me pede cuidados constantes. That’s life. Nothing left to do...rsrs..
          Perdi  a vontade de entender o que está muito difícil. Eu que me debati tanto pelo entendimento...Isso certamente não vou encontrar porque, pelo menos, no momento...
          Perdi também a vontade de encontrar.
         Algumas coisas da lista não me fazem a menor falta. Outras dependem de que outro perca o medo e procure a coragem e o caminho. Infelizmente sou péssima como guia, guru ou similares. Alguém aí tem o telefone de Deus ou um enviado especial do Próprio? Eu devo ter perdido o número...

          MariaAntonietaRdeMattos.      
outubro de 1999

*** PENSAMENTOS AUSENTES *** poesia







 
*** PENSAMENTOS AUSENTES ***

I

Este amor que eu alimento,
em meu próprio
coração,

não nasce de pura intenção
e sim de conhecimento.

II

Que amor de coisa tão bela..
De pura graça que
é infinita!

Ela traz emoção, me
acredita,
é divindade pura.. de tão bonita,

se não, ainda assim,
vote nela...

III

E... que deidade  me pudera,
influenciar  pra que te
amara...

Que esse poder não
tomara
para sí, se acaso o tivera?

IV

Correndo, amor, estou cativa
neste estado do sul, aqui
presente..

Pois então..estando de ti 
 ausente,
Com toda esta distância pela frente

quero mostrar quesempre
estou viva...

V

Das duras penas, vindas da paixão;
tenho um par de asas
completas...

Das plumas da cauda de
tuas setas,
fiz um ninho em meu coração...

VI

Então, sem poder me consolar,
aqui distante, meu bem
querer...

A angústia me faz querer
morrer...

Mas sabendo que, vou te rever;
Não pretendo jamais me
matar...

MariaAntonietaRdeMattos.
outubro de 2007

*** NO MUNDO DE SCHUMANN *** crônica










 

      *** NO MUNDO DE SCHUMANN ***

          Um hábito pitorescamente romântico:... Fugir para o local mais isolado que se possa encontrar e experimentar, voluntariamente, uma solidão dolorosa e necessária. É isso que românticos, como Dante, Schubert e até mesmo euzinha, temos feito desde os tempos mais afastados sabiam? E me parece que foi  condição para a excelência das obras daqueles gênios...

          Meninas, nesta cronica eu dou tratos a à bola quanto à estas "fugas" necessárias. Sabem,  tenho um cacoete parecido, triste resultado de anos de convívio entre minhas  almas infelizes e solitárias. A do sapo insatisfeita pela intrusão; a da Maria desesperada por respirar, se mostrar e sair. Às vezes, quando anoitece, vou à sala de música. Pego um copo e verto whisky com gelo, guaraná ( conforme aprendi com a Elis), apago as luzes e coloco um vinil ( Porque será que o vinil tem som mais macio, profundo e de melhor qualidade?) de Schumann na vitrola – as Cenas da Floresta, o Carnaval, a abertura Manfred...

          Vejo Schumann como um dos maiores  românticos, equiparável à Chopin e List – e também não só dos músicos. E o digo sem receio nenhum. O patriotismo é um sentimento artificial de que alguns se utilizaram para poder ter sua obra enquadrada na moda do Romantismo. Schumann não é desses; ele é um artista do mundo. Também não teve preocupação em ser romântico, e o foi em decorrência de sua persona, de um contexto histórico, de seu refinado gosto por poesia e, acredito eu, de seus distúrbios mentais.... “Nada de grande se fez no mundo sem paixão”, dizia Hegel na época; quando Schumann abandonou-se na biblioteca do pai, quando começou a estudar música, quando encantou-se por Clara, quando perdeu os movimentos das mãos em infrutífera tentativa de melhorar sua agilidade no piano, e quando atirou-se ao Reno, num acesso de loucura, foi aquele apaixonado de quem nos falou Hegel.

          Mas também foi um solitário. Alguns, por mais que façam, serão sempre solitários; é da sua natureza, como um nariz comprido. Mas note-se que a solidão não é tão comum quanto um nariz comprido, como insiste Schopennhauer, ao dizer que “a solidão é a sorte dos espíritos excepcionais”. Realmente, queridas, a solidão é para poucos.

          Paixão e solidão – os sinais mais típicos de um herói romântico.

          É claro que a obra de Schumann naturalmente refletia isso. Não sou músicóloga, por isso não posso oferecer uma opinião especializada sobre sua arte. Mas sou uma romântica, talvez não tão infeliz e tão brilhante quanto a maioria, mas uma romântica dedicada. E me sinto um pouco mais viva ouvindo alguma peça desse compositor; suas visões da mulher, seus presságios e seus delírios. Seus passeios campestres formam um mundo fantástico... Um mundo que só existiu com Schumann.
          Ele criou um mundo mais belo. Só ouvindo-o para saber. Convido-as... apaguem a luz e deixem só as luzes verdes e vermelhas do HI FI... Boa viagem...

          MariaAntonietaRdeMattos. 

                          outubro  de 2007
         
         

*** CONDESSA MARIE DU BEAUVOIS VON HABSBURG *** conto







 
*** CONDESSA   MARIE  DU BEAUVOIS VON HABSBURG ***
          Meu coração está fraco. Já nasci com um problema de saúde irreversível. No entanto, minha pele era alva e leitosa. Eu tinha cabelos abundantes, cacheados e sempre alvo de elogios. Olhos azuis que mostram minha ascendência teutônica e mãos pequenas, bem cuidadas. Dona de um corpo que foi meu orgulho e a paixão velada de muitos homens que me prometeram uma vida de belezas... Assim era, assim eu fui...

          Um cubículo de 2 metros quadrados é minha mansão.... Aqui, nesse pequeno espaço, não tenho nada.

          Não pude ter e nem deixaram!

          Durmo em um catre da cela. Não tenho cama, minha morada é o cimento. Uma manta totalmente disforme e suja é meu colchão e minha coberta. Acima está a janela, por onde, quando aberta, posso ver o sol. Mas está fechada a anos e depois, o sol queima, arde e seus raios me causam dor nos olhos. Sou e estou frágil...

          Frágil mulher...
          Para que rua;  para quê gente ou  banheiro? Uma pequena portinhola ao rés do chão, com abertura minúscula deixa entrar e sair uma lata grande com um fundo de água. a cada 10 dias ela some e depois reaparece... Fecho os olhos e imagino a rua, as pessoas correndo, as crianças brincando a correr atrás dos coches e carruagens.  Visualizo o sol mas dispenso a realidade; meu mundo é  mais seguro...

          Desde pequena fui obrigada ao zelo, ao cuidado. Fui educada para a corte, para ser cartão postal de onde estivesse...Reservaram-me para ser infeliz, penso hoje.  Palavras desconhecidas, distantes, disformes. Eu diria que é assim que as identifico. Amizade, paixão. Linguagem abstrata.

          Há 15 anos que não me olho no espelho, não leio um jornal ou ouço um mensageiro sequer. As datas eu sei  porque a voz que fala comigo pelo buraco latrina me conta o dia, mês e ano em que estou entre impropérios e maldições contra eu e  minha família. Minhas unhas estão dobradas e recurvas, mal me deixando usar as mãos mas... usar as mãos onde e pra que?.... Sinto coisas  pelo tato.
          Por vezes, quando a lata é trocada e eles se demoram um pouco mais para colocar a tigela com a sopa rala, o vento consegue entrar aqui. Duas coisas funestas acontecem então, sinto o frescor do ar puro que vem de fora e os palavrões dos homens que me mantém aqui ao sentirem eles o ar pestilento que emana de meu "lar"... Depois o cheiro volta para mim mas, não reclamo mais...Ao mal cheiro afinal, já me acostumei. Nossa, é como meus dentes. Não sinto mais a falta  de meus dentes!.
          Eles doeram ao ponto de me deixar quase louca durante anos. Pareciam eles estar também a favor da revolução. Assim que eu aliviada, via um deles cair apodrecido, um outro lhe tomava o lugar com todo o suplício de volta.  Por um tempo que me pareceu uma eternidade, os vi e senti apodrecerem, doerem infernalmente e caírem. Ainda bem que a comida que me dão não possui nada de sólido. Eu já tive nojo dela e a refuguei no princípio mas a fome nivela o orgulho. Meu vestido já se acabou há muito. Uma massa disforme me cobre uma parte do corpo. E vez por outra um saco mal cheiroso é introduzido no buraco e a voz do outro lado grita que um novo brocado com madrepérolas está sendo ofertado pelo povo da França... -Aí puta da realeza, um vestido da Mãe França para uma parasita estrangeira...

          Aqui, no escuro do “pequeno porto”, sou cinza. Composição em tons de branco e preto. E não há problema nisto, afinal, a cor é desnecessária no meu mundo. Nada a reflete, nem mesmo a água. O ar é pouco. As plantas não vivem, pois falta luz. E penso porque estou viva ainda...O homem, sem luz, vive. Para quê? Para a dor?

          Conservo-me em um pote de formol. Recipiente destrutível formado por retalhos humanos. Couro incolor, músculos deficientes e inutilizados. Carne magra e sem brilho. Ossos de areia.

          Sou uma vítima do meu ser. Uma refém de minha própria existência...

          Não existo; vago. Sou opaca, sou distante dos conceitos. O mundo já me esqueceu de a muito. Cultura, luxo, riqueza... será que algum dia eu tive isto? Nem me lembro mais...

          Meu “mantra” não é belo ou relaxante, é apenas uma recordação de quem sou. Um tormento que me lembra a cada segundo a necessidade de reagir, de gritar quem e o que sou. Há dois anos um pároco esteve do outro lado da portinhola. Consegui falar algumas palavras com ele. Engraçado como a falta dos dentes e a falta de costume nos dificultam a fala. Ele veio me pedir para me arrepender do que fiz ao povo da França, para que eu reze e me penitencie, jejue para aliviar meus pecados. Eu tive um acesso de riso incontrolável...Pensei que morreria ali mesmo com a falta de ar e o amortecimento que me dominou. Deus sabe que saí da Áustria, três anos antes da revolta popular em 1779.
          Vim morar em Versailles em um sonho que se transformou em pesadêlo sem que eu pudesse ter qualquer  reação... No que uma princesa Austríaca pode ter ofendido ao povo da França tendo total desconhecimento de seu povo e de seus costumes? Na Áustria me dão por morta e nem suspeitam de minhas condições degradantes...
          Penso que foi esta, a única vez nestes anos todos que abriram a porta dos meus "aposentos". Conheci então o dono da voz que eventualmente falava comigo até então. O vulto envolto em luz fortíssima entrou acompanhado de outro vulto... o pároco, sei-0 porque a exclamação de surpresa e horror foi jenuína. Não encostaram em mim... Graças à Deus... antes correram. A porta se fechou com um estrondo e ambas as vozes se foram. Não ouvi mais a nenhuma das duas...

         Depois de passar tantos anos em completa escuridão ou quase ela, deixaram, ultimamente, que uma réstia de luz começasse a visitar minha cela. Eu tenho medo dlea...Passei tantos anos longe da luz que  tenho-lhe receio... Mas a luz é criação de Deus, filha do bem... Vou ser mulher e  me aproximar, arrancar de mim o medo insano e  ofuscar minha íris com sua entrada.
          O vacilo me acompanha; me mostro covarde diante do obstáculo. A janela se acha apenas encostada  e o esforço a ser feito é mínimo para vencer a dobradiça emperrada. Transformo minha ganância em raiva e ódio. Rompo a barreira. O brilho dourado em forma de raios caminha a meu encontro, invade meu quarto e me revela o estado precário em que vivia. As fezes estão espalhadas pelo ambiente, a sujeira se exibe impregnada nas paredes. Ratos me fazem companhia.

           Janela escancarada.

          Olho para mim e enxergo tristeza. Automaticamente me falta ar. Finalmente sinto o que é o amor, o que é a paixão. Meus músculos mexem, minha mão treme e o corpo sua. O braço direito é outro indício, dói e arde ao mesmo tempo.

          A falta de ar aumenta, o peito começa a doer. Sinto-me anestesiada, distante. Pressiono minhas mãos contra o peito. É o coração, revela uma voz interior. A mesma voz implora força, mas meu corpo é frágil, está frágil... A luz, ela está me dando a liberdade,  afinal...
           MariaAntonietaRdeMattos.
           outubro de 2007.