sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

*** SABEDORIA... *** poesia




                              


*** SABEDORIA... ***

I
Nada às forças vitais,
da vida demando,
pois minha  virtude
já tem entendido...
A mim me basta ouvir
o perene ruído,
que na concha marinha
está soando...

II
E num leito macio,
um sonho brando
a obscuridade
vela  meus sentidos...
Ela adverte a tudo
que mesmo feridos ,
os seres reagem e
não sabemos quando...

III
Fixar as idéias,
retirar  minha venda;
junto de minha vida,
beirando precipícios...
É...Por onde um sopro
misterioso ascenda...

IV
E ao amparo
de grandes  auspícios,
em dilatada saudade,
sutil e  tremenda,
dar vazão à  vida,
a todos  meus vícios...

MariaAntonietaRdeMattos.
     
http://mariaantonietta.multiply.com/
   mariahantonieta2003@yahoo.com.br

fevereiro de 2008

*** ONDE HABITO... *** poesia




                                            
        


*** ONDE HABITO... ***
I
 
Onde poderei falar consigo,Ser infinito?

Na mais alta esfera,
no abismo mais fundo?

Poderá acaso ser
aqui mesmo neste mundo,

ou será em algum céu,
 especial e favorito?...


II
 
" - Queres saber,diz-me uma voz interna..

Ó mortal, onde eu habito?"
Meu ser  difundo...

No universo  que criei,
inundo... 

Mas moro somente
em corações sem delito...

III
 
Pára, minha filha,
de fatigar-te em vão;

isto trás rumores, erros
e mesmo impostura,
não ponhas em risco
teu espírito eterno...

IV
Não abuses dos dons
presentes em minha mão;
tenhas teu espírito e tua alma
sempre pura,

pois  que a cada verão, enfrentarás um inverno...
MariaAntonietaRdeMattos.     http://mariaantonietta.multiply.com/
          
mariahantonieta2003@yahoo.com.br
fevereiro de 2008.


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*** BRILHO DA LUA... *** poesia




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*** BRILHO DA LUA... ***

I
Com que pura
e serena transparência,
brilha a noite a lua
vencendo a bruma...
É imagem de cândida
e pura inocência
e não tem nela uma mancha...
Nenhuma!

II

Seu pálido raio
de luz pura
é uma chuva
de ouro audaz...
Chuva que a brisa
leva e traz
sobre as almas
com  brandura

III

Até ao mármore
das sepulturas ilumina,
com seu melancólico,
se preciso, lume...
e a tudo  realiza
sem nenhum queixume,
em grandeza tal
que a todos fascina...

IV

Tudo vês ó lua,
a todos estes pobres  mortais,
quantos forem
os que neste mundo habitam...
Que excedem-se em poemas,
cantando suplicam...
São tolos se arrastando
pela  cura  de seus ais...

V

Uns pleiteando consolo
para suas dores...
Outros mais correndo
por sonhos de ouro...
Só quem sabe vê
nas entrelinhas o agouro,
da  neutralidade certa
dos teus raios incolores...

VI

Outros ainda e por fim,
amando teu coração;
ou querendo o calor
de aventurs roubada...
Temem o dia e ao sol
pois em sua passada,
o astro Rei é 
testemunha de acusação...

VII

Ah, pois...Com que pura
e serena transparência,
brilha na noite a lua
vencendo a névoa e a bruma...
É imagem refletida
de cândida e pura inocência,
e não tem nela uma mancha sequer...
Nenhuma!

MariaAntonietaRdeMattos.
     
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março de 2008

*** À BELEZA... *** poesia




                                           


***  À BELEZA... ***

I
Ah...divina beleza!
Visão toda casta de um incógnito manto...
Já morro de buscar-te pelo mundo
sem ter te encontrado...
Nunca te viram meus olhos,
mas no coração está guardado;

parecer poderoso da essência
que anima o teu encantos...

II
Ignoro em que linguagem tú  falas,
mas é em idioma vago...
percebo tuas palavras misteriosas
e te envio meus olhares...
Talvez sobre a terra não te encontre,
eis meus tristes pesares;
como enfêrma na noturna sombra,
do sol no primeiro trago...

III
Sei-te mais branca que os cisnes,
mais pura que os astros...

Fria como são as virgens,
amarga como corrosivos ácidos...
Venha  acalmar infinitas ânsias
 que como em mares plácidos,

empurra o barco de minha alma
 com as velas enfunadas nos mastros....

IV
Eu só anseio ao pé de teus altares,
brindar-te em holocausto...

O sangue  me corre pelas veias
e meus sonhos de amor...
E nas horas dolentes da vida,
 proteção eu demando em flor;
como menina com boneca nas mãos
e semblante exausto...

MariaAntonietaRdeMattos.
     
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março de 2008

*** TRISTESSE II... *** poesia




                                                         

 *** TRISTESSE  II... ***

I
 
E tua voz toma vulto  em meus sentidos,
tornando-se em mim
um sonho gelado...
Eu me olho vendo tudo à volta congelado;
e meus lábios
em sombra doloridos...

II

Quando falo, minha dor por ti é forte,
sou cálida flor
de sutil e frágil aroma...
Amor, tua voz para mim já não assoma
senão um duro temor
de viva morte...

III 

É porque teu sonho em minha voz levanta,
que inimiga de qualquer luz,
toda ferida;
vejo destroçar
qualquer palavra na garganta...

IV 
Assim, em trevas me sinto por fim alojada...
Cega de ti e caída
como árvore vencida,
flutua meu corpo entre tua voz... afogada...
março de 2008

*** TEMOR... *** poesia




                                  


*** TEMOR... ***
 
I
Não sei flertar  amores
não sou segura neste terreno...
O amor por vezes dá flores,
dores e sempre trás fruto...
Minh'alma sempre muito frágil,
veste-se de luto;
muito facilmente se picada
por este mortal veneno...
II 
Então, nem com voz de anjo
ou linguagem obcena,
logram mais nada em mim,
eu nem mesmo discuto....
Eu que rendi vênias ao  frágil,
ao que é bruto,
me dei a contemplar
o que tem mais beleza plena...
III
Ai...pureza divina de alma
sê meu guia e meu faro,
direcione minha vida
pela senda mais correta;
Outorga-me suplico;
 neste horrendo desamparo,
IV
Me poupe das desilusões
e da tola paixão...
aumenta a calma
que possuo enquanto poeta,
e alivia em nome de Deus
a dor forte do meu coração...
   MariaAntonietaRdeMattos.
    
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mariahantonieta2003@yahoo.com.br

março de 2008

*** CULPA II... *** poesia




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***  CULPA  II... ***

I
 
De minha vida
insidiosa,
tétrica e duramente
desencantada;
ouvirás ainda coisa
cavernosa
capaz de deixar tua alma
gelada...

II 
Faça parecer cor de
rosa,
a angustia que fica
demarcada,
ao ouvir ainda coisa
cavernosa
capaz de deixar tua alma
gelada...

III

E por favor, seja-me
piedosa,
na miséria de minha vida
ignorada...
Pois enquanto eu te espero
ansiosa,
podes estar ouvindo coisa
cavernosa
capaz de deixar tua alma
gelada...

IV
Talvez saibas algum
dia
o segredo de todos meus
ais...
De minha funda
melancolia,
de meus tédios
mortais...

V 
As lágrimas de todos meus
ais
mancharão a tua
alegria...
Basta que saibas algum
dia
dos meus tédios
mortais...

VI
Quisera de ti
afastar-me
Pois me causas a
morte...
E tua tristeza por
amar-me
é minha culpa mais
forte...

VII
E enquanto possa
contemplar-te
me há de deparar minha
sorte...
Com a tristeza de
amar-te
sem possuir  forças de
suporte...

VIII 
Ansío então, mesmo
amorosa
nunca mais ver-te pela
estrada...
Me causas a morte,
e é triste
a angústia forte e
demarcada,
de saber  minha vida
cavernosa,
capaz de deixar tua alma
gelada...

MariaAntonietaRdeMattos.
     
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março de 2008

*** A UM AMIGO... *** poesia




                                              


*** A UM AMIGO... ***

I
És ditoso?
És se  teu peito guarda
alguma fibra de sanidade, todavia
reserve o que minha amizade envia ,
pois o tempo de precisar
não tarda...

II

Mas se cruel
destino chega e te acovarda...
Cerceando o espírito fundido em agonia;
divorcia-te deste corpo, ele é mau guia;
e estando ôco, da vida
nada  aguarda...

III
Abre aquele livro de folhas
imortais,
onde o maior  dos gênios da terra,
te ensinará as benesses
que tais...


IV
Águia vou, mesmo presa
no lodo
que é grande  e  no peito encerra;
 a infinita bondade Dele...
  todo...
março de 2008.

*** ALGARAVIA... *** poesia




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*** ALGARAVIA... ***

I
 
Se a minha vida não é minha,
e nem tua,
e se tua vida não é tua,
e nem é minha...
Então  morreremos de forma
mesquinha,
pois a vida é vã sem a posse
que atenua...

II

Está na hora que um
ao outro restitua,
a vida plena que no outro
se vivia...
E tenha cada qual
aquela  que teria
outra vez na do outro...
Aquela sua...

III

Creia pois, vida minha,
que eu te espero
e dessa espera eu vivo
enquanto quimera
na morte que sem ti,
sinto e me desespero..

IV

Vem, minha vida,
juntar vida com vida;
para que retorne a vida
a ser o que era,
a vida que é a nossa vida...
Uma vida suicida...
           
   MariaAntonietaRdeMattos.
     
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março de 2008.

*** FRAQUEZA... *** poesia




                                             


 *** FRAQUEZA... ***
I
 Vai abrir a porta para  minha
sorte
teimosamente pequena e
recoberta...
Toda rodeada de uma vida meio
incerta
e desgastada pelo sofrimento de
morte...
IIAberta a minha dor  a este amor
forte,
e esta emoção para tua ilusão
aberta;
sou mulher e enigma sem resposta
certa,
e meu coração está  sendo meu
norte...

III
 Desertas as as fronteiras desta
poetiza,
um concerto estranho é ouvido
longe
e lágrimas me vem pois já te
escuto...

IVA porta é aberta por teu ser que
desliza,
pé ante pé em silêncio  de
monge
e eu nada faço... me entrego...
não luto..!.
   MariaAntonietaRdeMattos.
     
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setembro

*** O QUE SOU... *** poesia




                                               


***  O QUE SOU... ***

I
Sou um projeto de
existência,
sou consubstancial com o pó...
um impulso todo
instintivo,
um ríctus primário, primitivo;
e hesitação pura,
por si só....

II
E neste limiar curto e
rarefeito
noto em minha caminhada,
que estou sozinha na
estrada...
Sou  ignorada e mais visada,
notada apenas por ter
defeito..

III
E sendo a vida sempre
oclusiva,
e sua descida ser toda forçosa...
Preciso é pesquisar
laboriosa,
a origem e me despir da odiosa
casca material que é tão
nociva.

IV
Uma  tarefa portanto
definitiva,
cortar e tirar de mim o mundo...
Romper seu lacre mais
profundo,
Redimir-se no nível nauseabundo
da consciência torpe que de
Deus me priva.

V
Proceder ao complicado
inventário,
desta minha  humana condição...
E não postergar o que for
aflição,
a linguagem dos conceitos é a lição,
que tornará suportável meu
calvário...
   MariaAntonietaRdeMattos.
     
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março de 2008

*** SINAMÔMO TARDIAMENTE FLORESCIDO *** poesia




                                


*** SINAMÔMO  TARDIAMENTE FLORESCIDO ***
I
Um desmedrado sinamômo
sem verdor,
que seco de há muito 
a todos parecia,
atraiu a atenção do algoz
que o via,
e seria  a próxima vítima
do lenhador...


II

E o que era como uma menina
sem amor,
que em sua esterilidade
se consumia,
com a chuva da última noite,
que alegria! 
Amanheceu esta manhã
coberto de  flor.

III

Fiquei paralisada
e com o rosto surprendido,
ao contemplar ali,
no sinamomo sêco- florido,
tanta ternura e efeito
da doce primavera...

IV

Que rouba nos  jardins
pródigos da  aurora,
essas flores de nácar
com as quais  enflora;
os braços mortos de quem
já nada  espera...
 MariaAntonietaRdeMattos.
     
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março de 2008

*** CREDO... *** poesia




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*** CREDO... ***
I
Obrigada, Deus,
pois abro os olhos
e tudo vejo...
Vejo o céu e admiro o rio...
Nas manhãs diáfanas
e chuvosas ou de estio,
tardes e noites de calor,
tempestuosas, de frio...
Tudo satisfaz às maravilhas
meu desejo...


II

Graças, Senhor,
por tudo que me dá esteio...
E  em verdade é tudo teu,
eu nada  tenho,
mesmo uma gota de orvalho
tem desenho;
e marca registrada
no que sempre creio...


III

E creio que esta beleza
da qual sou uma filha,
que se expõe e se revela
em doce maravilha;
é reflexo presente
em tudo de tua formosura...


IV

Que importa então saber
que esta beleza desaba,
se hei de ver a beleza divina
que jamais se acaba;
e que presente em teu coração,
está madura...


MariaAntonietaRdeMattos.
     
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março de 2008

*** ERRADO... *** poesia




                                                       



*** ERRADO... ***
I
Quando em meu erro,
ser vil era arquejo,
e contemplava um amor
todo errado...
Via também
a grave malícia do pecado,
a paixão apenas
na força do desejo...

II
 Nesta mesma memória,
apenas creio;
que pudesse caber
em meu cuidado...
A última linha
do que é desapreciado,
o término, final
de um emprego feio...

III 
É....Eu bem queria
ao chegar a ver-te,
recusar infame amor
e então negá-lo;
com a razão impávida
que adverte...

IV 
Pois só me remediava
em publicá-lo,
porque o grande delito
de querer-te;
 era bastante pena
confessá-lo...
 
MariaAntonietaRdeMattos.
     
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março de 2008

*** BOBA... *** poesia




                                           


*** BOBA... ***

Esta que vês,
engano colorido;
que, na arte está
tentando os primores;
com falsos
silogismos de cores;
é um cauteloso engano
do sentido... 

II 
Esta em quem a lisonja
tem pretendido,
se desculpar dos anos
 e dos horrores;
e vencendo do tempo
todos os rigores,
triunfar sobre o fel
amargo e esquecido...


III 
Temos então um vão
artifício do cuidado;
uma flor solta no vento,
todo delicado;
em resguardo inútil


IV 
Ou seja, uma néscia
diligencia errada;
 em afã caduco e fútil,
uma boba bem olhada,
uma sombra apenas...
Que não está com nada!
   MariaAntonietaRdeMattos.
     
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março de 2008

*** ROSA... *** poesia


                                                 
*** ROSA... ***
 
Oh...rosa divina
que em gentil cultura
és, com tua fragrante
e frágil sutileza,
magistério púrpuro
e mistér na beleza,
tendo  a nobreza colorida
da formosura...
II
És o âmago de toda
humana arquitetura,
e também és exemplo
da vã gentileza...
Aquela em cujo ser
uniram-se natureza,
a vida a ser vivida alegre
e a sepultura...
III
Como!! altiva em tua
pompa presumida,
e soberba;
o risco de morrer desdenhas,
mesmo que estejas
desmaiada e encolhida?...
IV
É que na velhice plena,
após muitas sinas,
e amarguras insanas,
a douta morte, néscia vida...
Vivendo tu enganas...
Morrendo tú ensinas...
MariaAntonietaRdeMattos.
     
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março de 2008
                               

*** E ASSIM É...*** poesia





*** E ASSIM É...***
I
Para o amor que me foi ingrato,
busco amante;
Se amantes muito me seguem,
sou-lhes ingrata...
Constante adoro a quem
meu amor maltrata
E maltrato a quem
meu amor busca constante...
II
Com quem trato de amor
considero diamante ,
e sou diamante com quem
de amor comigo trata...
triunfante quero ver
à quem me destroça e mata,
e mato a tudo o que me quer
ver triunfante...
III
Se a este pagamento,
padece o meu desejo;
se rogo para todos verem
minha honra e gana,
se de todo e qualquer modo
é infeliz que me vejo...
IV
Mas eu por ter
uma melhor disposição humana;
com quem nada quero,
nada de atitudes que não almejo;
e de quem não me quer,
nenhuma atitude mundana...
 
 
MariaAntonietaRdeMattos.
mariahantonieta2003@yahoo.com.br
março de 2008

*** ENTENDIMENTO... *** poesia




                                             


*** ENTENDIMENTO... ***

I
Perseguir-me, mundo?
Vale as minhas fraquezas?...
Em que te ofendo
quando tão somente intento,
pôr beleza
em meu pobre entendimento;
e no meu pobre entendimento
pôr belezas?...
II
Eu não estou atrás de tesouros
mas de defesas...
E sendo assim posso ter
maior contentamento...
Pôr as riquezas
em meu pobre entendimento,
do que ter meu pobre entendimento
nas riquezas...
III
Também não procuro beleza
que uma vez vencida,
é tolamente o despojo civil
de todas as idades;
como a riqueza material,
passageira e acolhida...
IV 
A tempestade da vida
pode estraçalhar as verdades...
Vou consumir então
com as coisas vãs da vida...
Bem melhor que se deixar
levar pela vida,
em tempestades...
MariaAntonietaRdeMattos.
     
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   mariahantonieta2003@yahoo.com.br

março de 2008

*** A GLORIA...*** poesia








*** A GLORIA...***
I
Não intentes convencer-me
de torpeza
com os delírios de tua
mente louca...
minha razão faz par entre
a luz e a firmeza
de voz maviosa, nada de
voz rouca...
II
Semelhante à noturna busca
por caminho
minha esperança imortal não olha
para o chão...
Se ela  vê   sombras no que
 é cristalino
volta o olhar para os astros,
foge à escuridão
III
Vã é a imagem que teimosamente
entranha
teu espírito infantil, teu
santuário obscuro...
Sabe, teu nome é como o ouro
lá na montanha,
é virgem e, por isto mesmo
misturado, impuro...

IV
Inútil ficar com este teu
tenaz murmúrio
e exagerando no lance no qual
me enredo...
Eu sou altiva, e isto me alimenta
o orgulho,
dá um escudo impenetrável
para o medo...

V
Sou segura, aparo golpes baixos
na porfia
e me sinto  superior até para olhar
a vitória...
Tenho fé em mim; a adversidade
até poderia,
tirar-me o triunfo mas nunca
a glória!

VI
Então, deixa que me persigam
os mais abjetos,
que atraia a inveja, o rancor
que se aprume... 
A flor, queridos, onde pousam
os insetos
é rica em matiz, beleza e em
doce perfume...
MariaAntonietaRdeMattos.
     
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abril de 2008

*** DIÁLOGO NO ESCURO *** poesia




                                               


*** DIÁLOGO NO ESCURO ***

I
Não busco a verdade,
mas persigo;
sua estrela cativante,
o manuseio...
O que é réplica infiel
do que eu creio,
e fugidio fulgor
de tudo quanto digo..
II
A verdade absoluta
sempre é  castigo,
que talvez não mereça
  meu desejo...
sua ausência é como
um lampejo
que desvela a  angústia 
que maldigo...
III
E aqui fico
com a flor de toda pergunta,
aspirando de seu aroma
sem resposta;
deixando que fale  o silêncio,
apenas...

IV 
E ao sentir então  
que a lágrima ajunta,
a verdade como se fora fogo
me tosta...
Ela vem e me arrasa,
conheço estas cenas...
MariaAntonietaRdeMattos.
     
http://mariaantonietta.multiply.com/
   mariahantonieta2003@yahoo.com.br

abril de 2008