** FIM DE DIA...***
I
Está indo o sol
para outros horizontes;
sua aura invadindo
a noite sombria...
E aqui se perde,
em sombras os montes;
apagando-se a luz
do moribundo dia...
II
Está indo o sol
para outros horizontes;
sua aura invadindo
a noite sombria...
E aqui se perde,
em sombras os montes;
apagando-se a luz
do moribundo dia...
II
Reina no campo
plácida saciedade,
flutua a névoa
formada pelo rio...
E ao suprir
o campo de umidade,
cai de madrugada
em límpido rocío...
III
formada pelo rio...
E ao suprir
o campo de umidade,
cai de madrugada
em límpido rocío...
III
Esta é a hora grata
do feliz repouso,
do feliz repouso,
fiel amiga e precursora
da noite grave...
Volta à sua casa
o lavrador operoso,
o gado ao curral
e ao ninho sobe a ave...
IV
Eis uma hora também;
meio indecisa,
da noite grave...
Volta à sua casa
o lavrador operoso,
o gado ao curral
e ao ninho sobe a ave...
IV
Eis uma hora também;
meio indecisa,
que povoa todos os sonhos
no espaço...
Nos ares pelo sopro;
vindo da brisa,
formam aqui e alí,
fantásticos palácios...
V
E Vênus de través,
no horizonte aparece
no espaço...
Nos ares pelo sopro;
vindo da brisa,
formam aqui e alí,
fantásticos palácios...
V
E Vênus de través,
no horizonte aparece
na abóbada do céu,
em zafírios camafeus...
É tanta a beleza que
dalí resplandece,
que estremece a alma
desta filha de Deus...
VI
Luzeiro de puro amor,
raio prateado e
claridade misteriosa;
que queres tu de nós?
em zafírios camafeus...
É tanta a beleza que
dalí resplandece,
que estremece a alma
desta filha de Deus...
VI
Luzeiro de puro amor,
raio prateado e
claridade misteriosa;
que queres tu de nós?
Será que sois
o espírito encarregado,
de mostrar-nos talvez
que não estamos sós?
VII
Das muitas recordações
e doçuras tristes
de mostrar-nos talvez
que não estamos sós?
VII
Das muitas recordações
e doçuras tristes
vens trazer p'ra alma
um mero consolo;
ou de esperança
e com tua luz assistes
um mero consolo;
ou de esperança
e com tua luz assistes
os erros do ser humano
fraco e tolo?
VIII
Saibas, tarde melancólica
que eu te amo...
Às tuas visões
venho fazer meu rogo...
Tua serena calma que
não conhece o viver profano,
VIII
Saibas, tarde melancólica
que eu te amo...
Às tuas visões
venho fazer meu rogo...
Tua serena calma que
não conhece o viver profano,
pode tirar de meu coração
todo este triste fogo...
Pois sentir ódio,
ou amor demagogo;
em nada me ajudará
quando me for deste plano...MariaAntonietaR de Mattos
todo este triste fogo...
Pois sentir ódio,
ou amor demagogo;
em nada me ajudará
quando me for deste plano...MariaAntonietaR de Mattos
julho de 2009