terça-feira, 11 de dezembro de 2012

*** RIMAS ABSURDAS *** poesia



                             

               ***  RIMAS ABSURDAS ***



Je serai ton cercuil,
aimable pestilence!...
I


Eis uma noite de tenues
suspiros,
platonicamente, todos  eles ilesos:
Voam aqui  aos montes os beijos
e as parelhas de muitos
martírios...
Ah, e ébrios de amor, os zéfiros
enchem muito  de leve
os pulmões,
e os seus assistentes aos montões
circulam por todos os
  camarotes
como turvose falecidos huguenotes
de  hedionda e muda
reencarnação...


II

Creio ser esta a divina
hora azul
que juramos ser o maior tesouro,
uma metáfora daquelas de ouro
dita pelo grande Kalil
Karin Abdul,
sheik da linda Bagdad e Istambul...
E vem e  surge em crime
de dolo,
levando sempre o louco desconsolo
desde vagos e secos
ostracismos,
noites insones e sonambulismos
para ele o sheik, para
ele o tolo...


III

E é neste instante
  que enfim,
o cérebro em execução como piano
ouve em um tempo Wagneriano,
melodías só
existentes para mim;
E, como se fosse
um lírico festim,
de lendária e antológica altura,
mostra a lua exposição que dura
o mesmo efeito eterno
 da datura;
e de novo, melodias
só pra mim...


IV
Deixa que eu encline
  indiferente,
em tua frente de modo subjetivo...
Meu espírito que é todo sensitivo,
 sabe da vida que tenho
pela frente;
e no âmago de tua pupila
profunda,
bebo tudo de tua alma vagabunda
que me fornece as
ciências astrais,
a visão de minhas horas espectrais
e a projeção final
da vida moribunda...
   MariaAntonietaRdeMattos.
     
http://mariaantonietta.multiply.com/
   mariahantonieta2003@yahoo.com.br
maio de 2008

*** SINAMÔMO SÊCO *** poesia




                                              

*** SINAMÔMO SÊCO ***


I

Ah, velho
sinamômo fendido por um raio,

e em sua metade
com o tronco  apodrecido...

Com as 
chuvas de abril e o sol de maio,

algumas folhas
envergonhadas  tem saído...II
Sinamômo velho
e centenário na colina,

sobrevivente
ancião de rusgas e intentos...

Teu caule todo
manchado até hoje descortina,

as marcas do
tempo nos galhos poeirentos...

III

Sinamômo
que viu as alegrias e as  dores,

 que aconteceram
nos caminhos e nas ribeiras,

testemunha
de alegrias e horrores

 marcas
indeléveis em tuas madeiras...

IV

Um exército
imenso de formigas em fileiras,

vai trepando por ele,
e emmeio à suas entranhas;

estão expostas
dezenas de teias de aranhas...

V
Sinamômo,
antes que caias pelo lenheiro,

ou pelo machado
fiel e cortante do carpinteiro;

que te convertas
em mera tábua de cerca malsã,

em assoalho
de carroça ou esteio de carreta;

antes que
em labaredas rubras pela manhã

ardas até virares
cinzas em imolação abjeta;

velho sinamômo,
rezo à Deus em muda espera...

Que estejas aqui ainda,
florescido de copa ereta;

em um sublime milagre...
na próxima primavera...
maio de 2008

*** PENSAR... *** poesia




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*** PENSAR... ***

I
 Olhar para o rio
de tempo e de água;
recordar que o tempo
é um outro rio...
Saber que nos perdemos
como o rio,
e que os rostos passam
como a água...

II

Sentir que a cautela
é outro sonho;
que sonha no sonhar
e que a morte,
que teme nossa carne
é essa morte
de cada noite
e que se chama sonho...

III

Ver a cada dia
ou no ano um símbolo
dos dias dos homens
e de seus anos...
Converter então
o ultraje de seus anos
em  música, em um rumor
e símbolo....

IV

Verificar na morte
o sono, e no ocaso
mais que triste tesouro,
tal é a poesia...
Ela que  é imortal e pobre.
A poesia,
volta sempre
como a aurora e o ocaso...

V

Às vezes em meio às tardes
um rosto
nos olha
desde o fundo de um espelho...
A arte só pode ser
como este espelho
que nos revela
nosso próprio rosto...

VI

Contam que Ulisses,
cheio de prodígios
chorou de amor
ao divisar sua Ítaca...
Toda verde;  
arte é como essa Ítaca
de verde eternidade
e não de prodígios...

VII
Também é como
a um rio interminável,
que passa e  mostra
um cristal de mesmo
Heráclito inconstante,
que é ele o mesmo;
e é outro também, 
como o rio interminável...
MariaAntonietaRdeMattos.
     
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   mariahantonieta2003@yahoo.com.br

maio de 2008

*** ARQUÉTIPOS... *** poesia




                                 

*** ARQUÉTIPOS... ***

I
 
Muita coisa não é boa, uma é ver a partida...

Deus,  salva o  bom
e também a escória,

cifrando,em sua profética memória;
as luas que ainda virão, e aquelas que serão esquecidas...

II
E tudo aqui está,
as palavras de conselho;
que entre os crepúsculos  do dia a  dia;

teu rosto fui abandonando no espelho,
e os demais irei,
ainda deixando, todavia...

III

E tudo o mais é,
afinal, uma parte do diverso...

Do cristal que possui a memória do universo,

hospedada em seus longinquos  corredores...

IV

E com as portasfechando em teus passos,

concluo  que só do outro lado do ocaso,

poderemos ver os arquétipos e esplendores...
MariaAntonietaRdeMattos.
     
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   mariahantonieta2003@yahoo.com.br

maio de 2008

*** MURALHA... *** poesia








***  MURALHA... ***

I
 
Nunca haverá uma porta,
Estás dentro,
e esta muralha,
abarca todo o universo...
Não viaje;
pois inexiste verso ou reverso...
Um muro externo
ou um secreto centro...

II

E nem esperes que cesse
o rigor genuíno,
que desde  teu caminho
em outro se mistura...
Não cessará.
Feito de  ferro é teu destino,
como se fosse um algoz
que não te atura... 

III

Não aguardes então,
uma imaginária investida...O mal que está no homem,
 é enfermidade estranha...
É forma plural de horror;
até na inexorável  montanha
de quase  interminável
pedra entretecida...

IV

Nada existe fora da muralha,
não creias, tola é a espera...
Não intentes numa irrisória
batalha,

fatal e final será o golpe de
tua fera...


MariaAntonietaRdeMattos.
     
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   mariahantonieta2003@yahoo.com.br

maio de 2008

*** EU NÃO CONTO... *** poesia




                                                        

*** EU NÃO CONTO... ***
 
I
 
Sou aquela que sabe
que não é com mente sã,

que o vão observador
assaz, perplexo;
 
 em silêncio mortal;
segue o reflexo,
 
ou o corpo
(dá no mesmo) da irmã...

II


Sou, meus queridos amigos,
aquela que sabe;
 
não há vingança maior
que ser esquecido...

Não há perdão;
e um deus tem concedido
 
isto, ao ódio humano,
 para que nunca acabe...

III

Sou ela...Em que pese
a tão ilustres modos
de errar, sem jamais
 ter decifrado o labirinto,

tortuoso e singular,
plural, árduo e distinto...

IV

E; no tempo que é de um
também de todos,
sou aquela que não conta,
não brandi a espada;

Sou apenas um eco,
fantasma ou espirito... um nada!
 
maio de 2008
 



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*** DESTINO... *** poesia




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*** DESTINO... ***
I

Destas ruas que se
 afundam no poente,
uma haverá (não sei qual)
 que terás percorrido...
Já andastes nela a última vez,
 de um modo indiferente...
E, sem ao menos adivinhar; 
 terás  te submetido;

para quem prefira
as onipotentes normas ,
a uma secreta, 
e mesmo  rígida medida...

para as sombras;
os sonhos e as formas,
que  sejam e as que não sejam,
  as que regem esta vida...

Se em tudo existe fim;
seja novo ou antigo,
se há uma última vez
e tudo é esquecido,
quem nos dirá de quem,
 meu querido amigo
que sem saber teremos
 já nos despedido?

Atrás da luz  acesa
que à noite é avessa,
e do alto desta estante
de livros que temos,
nos olha o tempo
sem que se  compadeça
de nós e dos livros
que nunca leremos...
II

Ah!...para sempre fechastes
a porta...
Atrás dela  um espelho
te aguarda em vão...

Reflete caras e bocas
mas nenhuma verá,
a mágoa e a vigília de teu
coração...
  MariaAntonietaRdeMattos.
     
http://mariaantonietta.multiply.com/
   mariahantonieta2003@yahoo.com.br

junho de 2008

*** SONO...*** poesia




                                    

 *** SONO...***

I
 
Ao fim de um dia cansativo
é oportuna
uma noite de puro repouso
 à  mente...
Porque, se te despertam
bruscamente
não sentes que  roubaram
uma fortuna?...

II

Porque é tão triste madrugar?
A hora
nos despoja de um dom
tão inconcebível
e íntimo para nós que só
é traduzível,
se pensarmos que a  vigília
é que a doura

III

de sonhos que bem podem
ser reflexos
probos dos tesouros
que vem do ocaso,
de um orbe intemporal
  e todo sem prazo;

IV

e que os dias nos mostram;
perplexos...
Quem serás tu esta noite,
e no escuro
sonho,
do outro lado do sonhado
muro?
 
junho de 2008

*** JOSEPH PUJOL *** curiosidade




                              
                                             Joseph Pujol...


                   *** JOSEPH PUJOL ***
 
    Corria o ano de 1892. A platéia do teatro Moulin Rouge, em Paris, assistia a um espetáculo insólito.
      - Agora,distinto público...O disparo de canhão...!!!
      Assim anunciava o apresentador. No palco, um artista vestido em cetim negro, com uma capa vermelho e luvas brancas, fazia uma pose séria e, de algum lugar ao seu redor um canhão de campanha de 20 mm totalmente invisível disparava um obus invisível, reproduzindo  o estrondo com perfeição...  por meio de flatulências.  E Foi por habilidades como esta que o francês Joseph Pujol, ganhou o carinhoso apelido de "le pétomane ( O peidorreiro ).
      Nascido em 1857, em Marselha, Pujol descobriu, ainda moleque, que possuia um dom, digamos, pouco convencional: conseguia controlar de tal forma os músculos do abdômen e do ânus que, por via retal, mantinha e expelia até 4 litros de água. Viu que, usando a mesma técnica, poderia controlar o ar e reproduzir músicas populares, instrumentos de sopro e relinchos de cavalos. Mas até então a sua platéia era restrita à amigos e familiares.
      Pujol permaneceria no anonimato se não fosse um amigo do ramo do teatro. Em 1887 esse sujeito convenceu-o de que havia público para assistir ao seu show de gosto duvidoso.  E Pujol resolveu largar sua padaria recém inaugurada para investir na carreira artística. Estreou num teatrinho barato de Marselha. Em pouco tempo, passou para um teatro maior e, depois de 5 temporadas bem sucedidas, foi contratado em Paris. Alí se tornou sensação e passou a ser conhecido na Europa inteira.
      Bem, meninas, esse tipo de espetáculo não era exatamente inédito. Na Irlanda medieval, artistas flatulentos se apresentavam nas feiras populares. No Japão,  eram comuns torneios de PUNS e ARROTOS entre o povão,  mas ninguém, até então, havia ficado famoso por tal habilidade. E Pujol usava seu...instrumento de sopro para fazer imitações, fumar cigarros, apagar velas ou fazer as vezes de maçarico ou mesmo, tocar flauta e trombones, para delírio da platéia. Sua habilidade era tal que minuetos de frases musicais mais simples eram executados à perfeição e com afinação de notas e tempo  impecáveis.
      Le Pétomane se tornou uma das figuras mais conhecidas de Paris Charges sobre ele apareciam com frequência nos jornais de Paris. Figuras importantes compareciam aos seus shows, como o rei belga Leopoldo 2º que veio incógnito a Paris para assisti-lo no Moulin Rouge. Outro que fez questão de comparecer e ver de perto os estampidos e à execução da Marselhesa foi o Austríaco Sigmund Freud. Em 1895 Pujol era um homem rico. Tão rico que deu-se ao luxo de esnobar o Moulin Rouge e abrir seu próprio teatro.
      A próspera carreira terminou em 1914, com a eclosão da 1ª Guerra Mundial. Depois de ver dois de seus filhos voltarem inválidos dos campos de batalha, Pujol caiu em depressão e desistiu da vida artística. Vendeu seu teatro e voltou para Marselha, onde abriu uma nova padaria. Morreu cercado de filhos, noras, genros e netos em 1945 aos 88 anos.
      Algumas curiosidades sobre Pujol...
      *  No auge de suas apresentações, Joseph Pujol chegou a ganhar 20 mil francos semanais com seus shows. Para dar uma idéia do valor que isto representava, a atriz mais importante do teatro francês da época- Sarah Bernhardt- ganhava 8 mil francos semanais.
      * As emissões de gases não tinham odor. Pujol lavava o cólon diariamente com água e substâncias aromáticas para evitar maus cheiros.
      * Quando Pujol  morreu, uma escola de medicina de Paris pediu permissão à sua família para examinar o famoso ânus do defunto. Os familiares indignados processaram a faculdade.
 
       Visto em *Superinteressante.
 
      
   MariaAntonietaRdeMattos.
     
http://mariaantonietta.multiply.com/
    mariahantonieta2003@yahoo.com.br

*** AMOR PROIBIDO *** poesia




                                                     


 
*** AMOR PROIBIDO ***
 
I
 
Tenho o amor dos amantes que se prejudicam,
por culpa da libido...
Ele vive um instante escondido, rápido como
um suspiro;
amor que vive desafiando a vida, por ter um
destino proibido...
Que em silencio te deseja, e não te vendo
aqui comigo,
Flui no sangue que vibra, mesmo forçado
ao retiro...
 
II
 
Amor que cresce no presente, que é absorto
em futuro inerte,
Teus olhos não me enganam, tua boca também
não mente...
Sou uma mulher que te ama,e por isto sofre;
porque converte
poucos momentos felizes, e em horas em
que eu acerte,
por um curto tempo no destino, ter-te pra
mim presente...

III
 
Quando unimos  nossos corpos, neste louco
furor de paixão,
corpos sem culpa e livres, um amor que
é seu e  meu...
Um sentimento então aparece, quando 
esquecendo a razão,
quase ao nos matarmos, vitimados  pela
doce excitação,
se abre em flores perfumadas, um buquê
que é todo seu...
 
IV
 
Deverei vagar por este mundo, sempre
em mar aberto,
longe de tua vida e beijos, mas quase a morrer
de desejo...
Prometa meu amor que em segredo, estarás sempre
por perto,
e me sentirás então em tua pele, viva, feliz e então 
está tudo certo;
indefinidamente nos manteremos neste
ensejo...
MariaAntonietaRdeMattos.
     
http://mariaantonietta.multiply.com/
   mariahantonieta2003@yahoo.com.br

junho de 2008

*** SONETO NETO...*** poesia




                                



   *** SONETO NETO...***

I



Quando eu paro e vejo
então  o meu estado,
e os passos que sem dó
me deixam traída...

Vejo que por muito tempo
estive perdida

sem haver a menor chance
de ter chegado...

II

E, quando de meu caminho
estou olvidada,

e que  com tanto ma
ainda tenho vindo;

sei que me acabo,
pois  ainda estou sentindo

ser fatal para mim
trilhar nesta estrada...
III
Ah, me acabarei e
me entregarei sem arte
a quem souber perder-me,
aniquilar-me
desejando,...
E aí então poderá  fazê-lo...;

IV

Pois se na verdade a
vontade é anular-me,

tendo a ocasão aparecido,
não seria a parte
certa da história;...
então fazê-lo...?
 
   MariaAntonietaRdeMattos.
     
http://mariaantonietta.multiply.com/
   mariahantonieta2003@yahoo.com.br

junho de 2008

*** ENTREGUE...*** poesia




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*** ENTREGUE...***


I

Em um átimo
 se levanta minha confiança;
mas ela cansada
de tanto ter se levantado,
torna a cair,
o que deixa de muito mal grado

e livre o pensamento
  para avançar a desesperança...

IIQuem sofrerá
com esta áspera mudança,
do bem para o mal?
Ai, coração cansado...!

Se esforça mais
a miséria em teu estado;
mas que venha
só  a fortuna; havendo bonança...

III

Eu mesma  tentei,
na força de meus braços,

romper barreiras;
toda  cerca ou porteira,
de mil inconvenientes...
m fundo de poço...
IV

A morte ou a tensão
não me fizeram embaraços,
nem trouxeram
pensamentos  que eu não queira,

mas sou apenas uma mulher...
de carne e osso...
 
   MariaAntonietaRdeMattos.
     
http://mariaantonietta.multiply.com/
   mariahantonieta2003@yahoo.com.br
junho de 2008
 

*** BUSCA E ENCONTRO *** poesia




                                                      


*** BUSCA E ENCONTRO ***

I

buscou minh'alma pela tua alma;
como
a algo virgem em minha frente...
talvez
procurando  lábios docemente,
em
febril e insônio pensamento de amor...
II

Buscava
achar a paixão rica na textura e cor,
que
tenho sentido em sonhos sozinhos...
Queria
eu repartir com ela os carinhos,
ou
repartir com ela toda a minha dor...
III
Como
na sagrada quietude de sentir amor,
sem
ver a Deus se sente a sua presença...
Eu
pressenti no mundo a tua existência,
e como
com Deus, sem ver-te, te adorei...
IV
Voltando
  meus olhos ao céu eu implorei,
pela
doce companhia de minha sorte...
Estava
longe de ti porém, senti-te forte
e sem
maiores aflições meu amor selei...
V
Não
perguntava por teu nome, bem sei;
onde
iria  te achar? Eu também ignorava...
Mas
tua imagem em minh'alma estava,
mais
forte que tudo, mais forte que a lei...
VI
E
apenas te olhei...Eras então meu anjo,
companhia
ideal que levantaria o véu...
Paixão
total capaz de me dar o céu,
terra e  ar,
o infinito ao léu e o mar...
VII
Ao
nosso redor tudo começa a mudar;
nossos
olhares  suplicantes se encontraram...
as mãos
sem se buscarem se tocaram,
e nos
dissemos "Eu te amo" sem falar...
junho de 2008

*** AMIGAS *** homenagem





Amigas são coisas pra se guardar no lado esquerdo do peito...
Vera, onde você estiver, esteja em paz, com Deus...
Até algum dia...








*** O AMOR... *** poesia




                                                        


 *** O AMOR... ***
 
I

Notas perfeitas,
linda esta música a fluir...

Eis um indefinível
e potente elixir mágico...

Murmúrio de almas
querendo se possuir;

 
num vulcão de desejo,
do que é alegre ao trágico...

 
II
Atmosfera espessa
de recôndita atração;

atada com nós,
em ambos os pensamentos...

E então o vôo
dos pássaros naimensidão;

espuma nas ondas, sugestão
de momentos...

 III


Ponte de felicidade,
senda para duas direções;

traz resgate do tempo,
de onde havia elegância...

Suspiros ao vento,
agora livres dos grilhões,

indo para o sol da razão,
 saindo da ignorância...

 
IV
Vinho espumoso
e tinto, paixão que embriaga...
Envazado com capricho,
no sonho seco do futuro...
É como se fora mão,
que brandindo uma adaga,

esgrime desesperada,
querendo eliminar o escuro...

 
V
Então, esta melodía sublime,
cantando a verdade,

feito uma poesia divina,
de modo sensato...

Cantando um sepulcro eterno,
feito para a saudade,

mostrando a paixão
das almas envolvidas neste ato...

VI
Mil pensamentos que voam,
não mais se flagelam;

numa fonte eterna a jorrar,
vertendo desejos  oferecidos...

Como um farol guiando duas vidas
que agora se anelam;

e se transforma em esteio
e paz para os sentidos...

 
VII 
Silencios que envelhecem
agora unidos ou repartidos;

cortejo eterno de dias,
agora sentidos com mais ardor...

Lenitivo divino para o fim da dor,
entre braços queridos

Tudo isto minhas queridas
tem nome...é....o amor!!!

junho de 2008

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*** CRIADOR...*** poesia




                                          


***  CRIADOR...***

I
Sem saber se é domigo,
ou um dia santo  de festa;
vai levando sua carga,
uma minúscula formiga...
balança a folha presa, 
sem impedir que prossiga,
pelo caminho que faz,
o impecillho que a molesta...

II
Por vezes mesmo que
caminhando em uma  fresta,  
faz um esforço consciente
porque o dever a obriga...  
Sem parar e aparentemente
sem demonstrar fadiga,
prosseguindo pelo caminho
como sempre se atesta...

III

Como segue seu rumo
este portentoso inseto,
conhecendo infalível,
a direção que toma?
Que indícios o conduzem
pelo previsto trajeto
e alcançar sem perder-se
o lugar onde vive?...
IV
Será acaso a brisa?
Quem sabe talvez o aroma?
Quem sabe a própria terra
por sua altura ou declive?
Qual será a consciência
de um fazer tão perfeito?...

V

Afirmo que  este saber fazer
sem defeito,
que não tem explicação
na ciência;
só pode mostrar a
sublime existência,
Do criador sublime e
totalmente perfeito...

MariaAntonietaRdeMattos.
     
http://mariaantonietta.multiply.com/
   mariahantonieta2003@yahoo.com.br

junho de 2008

*** NÃO CAIAS II... *** poesia






*** NÃO CAIAS II... ***
I
Esta vida fugaz
é como um podre estrado,
de onde tudo nele é falso
ou é todo fingido...
Onde cada anfitrião guarda,
escondido
seu verdadeiro eu 
longe de ser alcançado...

II

Não abra a verdade;
nem para o mais amado...
não mostre temor,
nem para o mais temido...
Não acredites que
jamais te tenham querido;
por mais beijos de amor
que já te tenham dado...

III

Tenha como exemplo
a noite que se atrofia,
e desesperada quer
mais  escuridão por perto...
Ou olhe de como precisa
de chuvas o deserto;
e para ninguém
esta sua ansiedade confia...
IV
Maldiga pois,
todos os homens mas se ria;
e viva tua vida sempre plena...
É o certo!

V

Saibas que se
ao invés de ferozes panteras
ou mesmo de fortes
e estúpidos leões;
encerrassem dois fracos
e inofensivos anões
nas grades das  jaulas
destinadas à estas feras;
VI
E não precisaríamos pois,
 passar noites inteiras
lutando contra a consciência
em nossos colchões...
A  consciência firme
e  acusando, tendo reações
cobrando de todo âmago
só atitudes  verdadeiras...

VII

Esta e outras tolas asneiras
só servem para macular os corações
julho de 2007

*** NÃO CAIAS... *** poesia









*** NÃO CAIAS... ***
I
Se te prostam dez vezes,
te levantas
outras dez, outras cem, 
quinhentas...
Não hão de ser tuas caídas
 violentas,
e nem por lei, tampouco,
serem tantas...
II

Com a fome genial com que
as plantas
assimilam o humus
avarentas,
é engolindo as mazelas
que enfrentas
a vida e vences,  como
outras tantas...
III

Obsecação burra, para
ser forte,
de nada mais necessita
a criatura...
E em qualquer infeliz se
me assegura
que fracassam os bafejos
da sorte...
IV

Ah! mas todo incuravel
tem cura
cinco minutos antes de
sua morte...
V

Não te des por vencido,
e mesmo  vencido,
não te sintas escravo, mesmo
que escravo...
Nunca sintas tremular,
sinta-te bravo,
e arremete feroz, mesmo que
estejas ferido...
VI

Tenha o tino do sabre que foi
bem fundido,
que mesmo velho e gasto ainda
tem servidão...
Nuncaa covardia e a estupidez
de um pavão
que amaina sua plumagem no
primeiro ruído...

VII

Procede então com Deus, que
não chora
ou até como Lúcifer que
nunca reza...
ou como a fera enjaulada que
se preza,
e mesmo estando sedenta
jamais implora...

VIII

Que morda e vocifere antes
e agora,
mostra que és sempre uma
 surpresa...
julho de 2008

 


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